quarta-feira, 30 de junho de 2010

O doce sorriso, de uma doce mulher.

Meu coração disparou como um bala quando soube, faltam 40 dias. É, pelas notícias não irão acontecer shows, e muito menos meets, pois a diva não vai vender abraços. Muita perfeita né? Mas ela vem, vem para promover seu cd. E eu? Vou atrás dela onde quer que ela esteja, vou correr o mundo. Vou rodar o Rio de Janeiro todo, hotéis, aeroporto, é agora. Eu vou encontrá-la, mesmo que eu nem fale com ela, eu vou apenas olhar nos olhos dela. Eu vou. Nada vai me empedir dessa vez, nada. Não vou ter medo de arrisacar dessa vez, e se for para ir sozinha, irei. Pois eu quero que ela saiba que eu existo, eu apenas que um dia, ela lembre do meu rosto, ou apenas possa dizer meu nome. Eu só quero sorrir para ela, expressar tudo o que sinto . Mesmo que não diga eu te amo. Mas eu vou atrás dela, vou sim, é fato.

Pronta para um recomeço.

Os trabalhos da Dulce estavam evoluindo cada vez mais. A música com o Akon, a novela Verano de Amor, e finalmente começaram a sugir boatos de que a diva viria ao Brasil. Me sentia insegura ás vezes, com medo de que ela não viesse nunca. Todos comentavam que seria em fevereiro, eu estava anciosa, falava com meus pais gritando de felicidade, desde então começei a juntar meu dinheiro. Já sentia meu coração bater mais forte, ela iria mesmo vir. Um dia, eu sei que um dia, pode demorar, mais um dia, eu olharei nos olhos dela e direi "Eu te amei por cinco anos e irei amá-la por mais 50" eu espero. E se Deus quiser vou conseguir, vou onde for, onde prescisar, não deixarei ela escapar como deixei, e se deixá-la escapar, não será por falta de dinheiro, nem de coragem, nem de sorte. Será apenas um aviso do destino dizendo que não tenho chances, não tenho capacidade. Mas mesmo assim, dentro de mim, eu ainda vou amá-la. E não é uma opção, é uma promessa. Estamos aqui, para um recomeço.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Agora, somente na memória




Minhas tardes já não eram mais as mesmas, não conseguia por nenhum cd para tocar que eu chorava. Quando lançou o último cd "Para olvidarte de mi" não tive coragem de comprá-lo pois não me continha com aquela realidade, e até hoje não o escutei, e sinceramente não tenho vontade de escutá-lo, por medo de chorar mais do que já chorei, e ficar mais triste ainda. O tempo foi passando e o meu enorme amor foi se escondendo lá no fundo do peito. Anahí no Brasil, fiquei feliz em saber que a Any estaria aqui para trazer a felicidade de muitos fãs. Mas não era ela que traria a minha, infelizmente. Seguidos da Any, vieram os nossos outros amores. Mas a lembraça dos seis juntos novamente era única, e nunca mais nós poderiámos ver. Eu só queria poder vê-los juntos novamente, gritar que sou rebelde, como nos velhos tempos. Queria vê-los cantando juntos, despertar emoção em meu coração. Queria saber onde estão agora, e o que estão pensando. Eu só queria entender o motivo da minha distração, o motivo das lágrimas que desciam sobre meu coração. Todos nós sabiámos que nada era motivo para que a banda acabasse, pois nós, fãs, estávamos dispostos a ajudá-los em qualquer situação. Será que eles também estávam triste com o fim?

Entre lágrimas e sorrisos.


Chegou o dia, eu não acreditava. Estava na escola fazendo prova de geografia, saí da aula mais cedo, e cheguei na HSBC arena ás 13:00 hora, estava lotado! Conheci duas meninas com quem me dei muito bem, Ana e Marcela, nós conversamos muitos, ficamos a fila toda juntas, eu, elas e minha mãe. Trocamos telefone, mas hoje em dia, perdemos completamente o contato. Elas contaram que aquele show estava sendo o primeiro e último delas, e por isso estavam tão animadas. Quando deu 18:00 horas, os portões se abriram, fomos revistadas. Entramos em outra fila, eu já tremia de tão nervosa. Assim que finalmente entramos, fiquei agitada e sai correndo para a frente. Era muita gente! Não estava calor, não estava frio, eu sentia apenas minhas pernas bambas e minhas mãos suando. Já queria chorar, só de estar ali tão próxima. Junto a um ursinho laranja, um papel pequeno mais feito de coração, eu olhei para o palco, sabia que podia não cair nele, mas sabia que também podia cair nele. Pedi a Deus que caísse sobre o palco, e fechei os olhos, sim, eu o taquei! Acho que meu pedido se realizou, e as primeiras lágrimas começaram a cair. Esperamos entrarem no palco por três horas e onze minutos. E finalmente os vi. Era tão lindo, vê-los de pertinho. O show durou pouco, um pouco mais de uma hora e meia. A Dulce foi ao palco e cantou 'te daria todo'. Ela olhava para todos, eu olhei nos olhos dela, não sabia se ela estava me olhando, ou não. Só sei que tirei a foto mais linda de todas nesse dia. E quando voltei pra casa, dormi. Quando abri os olhos na manhã seguinte, estava claro que meu sonho havia acabado.

O vento soprou adeus.

Enquanto nada fazia sentido, ficava revendo a primeira temporada de Rebelde. Foi numa noite, um mês depois da notícia de fim. "RBD volta, para se despedir do Brasil, tour del adiós" Ah, o que eles queriam, mandar um beijinho para os fãs e dizer "Adeus, foi bom ver o dinheiro de vocês entrar no meu bolso, agora acabou, beijinhos" Infelizmente meu pensamento era esse, eu estava repleta de raiva, não me contentava com seu fim. Minha ânsia de ter o ingresso em minhas mãos era insuportável. Comprei, não acreditava que ia ao show, estava tão feliz, mas quando lembrava que era o último show, me desanimava. Era para sorrir, ou chorar? Chorar por ser o último, ou sorrir por poder vê-los de pertinho? Eu não sabia, estava confusa. Eu não conseguia entender meus próprios sentimentos e emoções, só queria que o grande dia chegasse logo. Enquanto isso, eu fiquei fazendo planos para o dia, e se eu conseguisse abraçar a María? Ah, como eu sonhava alto. Pensava no impossível que na minha mente era possível, parecia tão simples abraçá-la e me considerar a maior de todas as fãs. Mas não era tão simples, as vezes eu sentia um vento gelado bater no meu rosto e sumir do nada, sentia que estava se despedindo de mim. Vinte e oito de novembro de dois mil e oito. Seria apenas um sonho, ou mais um pesadelo?

Um pesadelo sem fim.



Foi numa tarde inesperada,e a pior das tardes da minha vida. Um adeus? Porque? Uma revolta, uma angústia, uma raiva, uma tristeza, tudo me fazia pedir para sumir, ou apenas queria acreditar que fosse um pesadelo, e logo iria acordar. Beliscões não me despertaram, e finalmente caiu a ficha de que tudo era verdade."RBD anunciou separação após quatro anos juntos." Foi a única frase que consegui ler no jornal que estava em cima da mesa. Me recusei a terminar de ler, me sentia tão mal, um aperto tão grande. Era uma sensação de desespero queria que aquilo tudo passasse. Não queria acreditar. Estavam todos tão arrasados com eu, porque acabar? Eu não tinha respostas para tantas perguntas, acada vez se tornava mais difícil parar de chorar. Drama e obsessão? Talvez, mas mesmo que fosse, eu não parava. Era algo incontrolável, doía. Queria me esconder e esperar toda a euforia passar, mas eu não conseguia, onde quer que eu fosse, qualquer revista que eu olhasse falava sobre o meu pior pesadelo. Um pesadelo que querendo ou não me dominava e não me deixava sair.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mudanças.


Dois anos se passaram, vim novamente morar no Rio de Janeiro. Cheguei no ínicio de 2008, e logo em maio, um supresa, a vinda deles para o Rio. Eu pude olhar para a Dul, transmitir todo o meu amor apenas em um olhar, pena que ela não pode olhar nos meus olhos para enxergar tudo o que eu sentia. Não acreditava que ela estava ali, minha vontade era sair correndo e abraçá-la. Queria poder tocá-la, só para ver a sensação de estar com seu ídolo. O amor platônico é o mais bonito de todos, pois nós amamos, mesmo sabendo que ele nunca nos amará, nós choramos pelo ídolo, mesmo sabendo que ele nunca chorará por nós, nós gritamos por ele, mesmo sabendo que ele nunca gritará por nós, nós fazemos loucuras por ele, mesmo sabendo que ele nunca fará loucuras por nós, nós simplismente, amamos . Mesmo sabendo que só, amamos. As vezes eu chorava quando lembrava desse trecho, pois , tudo isso é verdade, mas eu queria estar com a Dul, quantas vezes eu chorei por ela, gritei por ela ... Eu só queria, sentir o que é estar ao lado dela.

Suas palavras em minhas mãos.

Já pulava de alegria, de alguma forma eu estava perto dela, sim estava! Não eram sonhos, seria apenas um livro, suas palavras estriam em minhas mãos. Cheguei na banca naquele fim de tarde, e olhei para um, escondido, atrás de tantas outras revistas, era o último, e seria meu. Abri na primeira página, lia palavra por palavra, deixando que a poesia entrasse em mim. Assim que começei a ler "Le pido a la luna" meus olhos encheram de água, parecia que ela estava falando para mim. Só sei que li e reli o poema trilhões de vezes, até decorá-lo. O livro todo me emocionava, cada palavra e cada desenho, tão perfeitos como ela. Eu me sentia tão próxima a ela. Levei pra escola, mostrei a todos o meu, livro, sim, o meu! E ele está aqui, esperando o autógrafo, que tenho certeza, que vou conseguir.





Num palco distante.

Corri pela casa gritando e cantando "Yo digo R, tú dices BD, RBD, RBD", gritava até minha garganta arder, vinte e seis de dezembro de 2006, iriam pisar em solo brasileiro e a primeira cidade que passariam seria, Manaus. Eu morava em Manaus, o que me deixava mais feliz era poder dizer que eu iria ao primeiro show do RBD no Brasil, o primeiro . Os ingressos estavam a venda em uma loja de passagens num shopping. Fomos de arquibancada, no fundo estava triste, o show seria em um sambródomo, e era muito distante do palco. Minha mãe retorcia meus dedos, ela tinha medo de que pudesse acontecer alguma coisa, mas eu estava lá, debruçada na grade da arquibanca, vendo miniaturas num palco distante com uma multidão a gritar na frente. Até que finalmente a minha Diva foi sozinha até o palco e disse que cantaria uma canção solo, "No pares". Eu lembro até hoje, quando ela chegou linda &' maravilhosa: " As vezes nossos sonhos são difíceis de conquistar, mas não podemos abaixar a cabeça, temos que seguir em frente! Não parem nunca de sonhar, não parem!" Fez que todos seus fãs chorassem, era tão lindo. Era meu primeiro show, estava longe, me sentindo um nada, perto de tantos, eu gritava alto, mesmo sabendo que ela não ia me escutar. Foi um show demorado, saí antes da última música. E lá de fora fiquei ouvindo a multidão gritar. Chorei. No banco do carro , eu ia olhando o sambódromo se diminuir, e mais perto da realidade eu voltar a ficar. Dava tchau para o nada, talvez esperando que alguém me respondesse.

Brotou uma semente dentro do meu coração.

Sim, foi em 2004, quando assisti a estréia do primeiro episódio da novela rebelde, era tão legal ficar de dedos cruzados torcendo para que a Roberta e o Diego se beijassem, nossa! Aquilo de assistir a novela, acabou virando uma rotina pra mim, era tão incrível. No dia das crianças de 2004 eu ganhei o meu primeiro CD deles, eu lembro até hoje, minha vó que me deu. Eu escutava cada música com tanto carinho, pensando que eles cantavam pra mim, e falavam comigo. Ah, eu queria ter meu cabelo igual ao dela, e usar as mesmas roupas. Aos poucos a semente foi brotando, até virar uma árvore gigante dentro do meu peito, e hoje posso afirmar do que eram aquelas frutinhas deliciosas, eram de amor.